O Teatro feito em Sergipe

A Cia de Teatro Cobras e Lagartos chega ao final do projeto “Ciclo de Oficinas I – Construindo a Cena Sergipana” depois de passar pelas cidades de Cedro de S. João, Aracaju e Japaratuba, todas representando as seguintes regiões sergipanas: Leste Sergipano, Grande Aracaju e Baixo São Francisco, respectivamente.

Isaac Galvão e a turma de Cedro

O projeto atendeu a mais de 20 grupos de teatro em formação, com oficinas de aprimoramento artístico e administrativo. Cerca de 10 profissionais da área e de outros setores contribuíram para o sucesso dessa empreitada. Uma sincera mostra do teatro que acontece fora dos grandes palcos da capital. “Procuramos fazer com que o projeto funcionasse numa via de mão-dupla, onde todos pudessem compartilhar conhecimentos sobre seu fazer artístico”, diz Ivilmar Gonçalves, oficineiro e diretor da Cia. Cobras e Lagartos.

O Rebiboka da Parafuzeta

Para Isaac Galvão, ator e diretor teatral, que ministrou as oficinas de Interpretação, o projeto vai além: “Não trata-se apenas da instrução desses grupos, mas de um mapeamento artístico que começa a desenhar nossa produção em áreas que escapam ao tradicional mercado teatral”, continua, "são pequenos e jovens contingentes que ainda desconhecem a prática dos editais, que montam um teatro aberto, voltado para a rua, funcionando num sistema coletivo que dispensa a figura do Diretor Teatral.” 

A turma de Aracaju

As Mostras realizadas em cada cidade também serviram de comunhão entre o público e os participantes das oficinas, alargando as perspectivas dessas trupes sergipanas.

Ademais, os grupos e a Cia Cobras e Lagartos parabenizam o Banco do Nordeste, por meio do Programa BNB de Cultura – 2010, parceria BNDES, sem qual não seria possível a realização do “Ciclo de Oficinas I”. Sergipe precisa reconhecer Sergipe! 

Por Ivilmar Gonçalves